quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Às vezes uma gaivota pára no seu voo
e observa a asa que lhe pende
como se a asa não fosse sua

Tem dores de existir.

E penas
que são mastros
que tecem rotas na seda azul
que é o mar
que se fez céu

A gaivota abraça a noite
como se fora sempre a primeira vez
e prende-lhe as estrelas
no cabelo em desalinho

3 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente lindo...
Fada Mamã

Tita disse...

As gaivotas transportam nas sua penas os segredos e mistérios do mar.... jokitas

Isália disse...

Este teu texto trouxe-me à lembrança um dia de temporal na marina e a pobre da gaivota parada no ar e no tempo a lutar contra o vento que não a deixava avançar, mas nunca baixou as asas...o mesmo somos nos, nao devemos deixar de voar e muito menos de lutar...