domingo, 9 de maio de 2010

Fala da mulher sozinha

Nas minhas andanças pela internet encontrei este fado, tão bem interpretado pela Raquel Tavares. O poema é-me familiar, mas não me consigo recordar do nome do autor, se alguém souber, por favor deixe-me a indicação. (A minha amiga do blog Meia Lua de Sabão, a quem agradeço, ajudou-me a identificar o autor. Segundo a informação disponível nos arquivos da RTP, o poema é da autoria de Eduardo Olímpio, foi originalmente cantado pela Simone de Oliveira e o Paco Bandeira voltou a pegar nele num dos seus trabalhos).



Já estou farta de estar só
Acompanhada de nada
Já estou louca de ser rua
Tão corrida, tão pisada...
Já estou prenhe de amizade
Tão barriga de saudade

Ai eu ainda um dia irei rasgar a solidão
E nela entrelaçar
O olhar duma canção
Chegar ao cume, ao cimo, ao alto
Mais longe e mais além
Mas a saber que sou alguém

Na cidade sou loucura
Sou begónia, sou ciúme
Eu que sonhava ser rua
Caminho, atalho, lonjura
Não tenho assento na festa
Sou a migalha que resta

1 comentário:

Anónimo disse...

De Eduardo Olímpio e Paco Bandeira. Pelo menos é o k dizia num blog.

Bjs
F.M.