quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A NEGRA LUANA

Luana era filha da noite
da cor do café
de carnes rijas
com travo a canela
Luana era da cubata
a negra mais bela
Luana trazia tempestades
no olhar
e mangas maduras
nos lábios
que só apeteciam beijar
Luana caminhava de peito nu
e farto como a lua cheia
com a convicção
de quem conhece
todos os trilhos do mundo
Luana sorria
e era um céu estrelado
negra mais linda
não havia em nenhum lado

Giko, Queen of the River
óleo, 24" x 29.5"

 

1 comentário:

Anónimo disse...

É lindissimo o poema e a pintura tem o "sabor" do chocolate. Já tinha saudades dos teus posts

Beijinho
F.M.