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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Abril

Não consigo pôr em palavras aquilo que sinto quando penso no 25 de Abril. Por mais que tente não consigo explicar a dimensão que esta data tem para mim.

Tive a felicidade de nascer num país livre e sem fronteiras, mas aqueles que me deram a vida conheceram a amargura da ditadura. Tenho muito orgulho em ser portuguesa. Tenho um orgulho imenso neste meu povo que teve a coragem de fazer frente aos seus medos e fazer uma revolução, uma revolução de flores, porque o que se queria, mais do que tudo, não era conquistar nada pela força, o que se pretendia era uma mudança profunda, uma mudança de mentalidades.

Gostaria de agradecer a todos os homens e mulheres que não se limitaram a sofrer calados e tiveram a coragem de lutar por uma vida melhor, para si mesmos e para as gerações futuras. Não só àqueles cujos os rostos aparecem sempre nos meios de comunicação social, nesta data, mas a todos os rostos anónimos que permitiram que eu nascesse uma pessoa livre, que tivesse a liberdade de pensar, de me reunir com os meus amigos, a liberdade de emitir as minhas próprias opiniões, a liberdade de fazer as minhas escolhas e a liberdade de sonhar. A todos, muito obrigada.

Temo, temo que a minha geração e as mais jovens não tenham a mesma coragem. Temo que a memória deste dia se perca e que com ela as pessoas percam a consciência do que é ser livre, da responsabilidade que temos para com esta liberdade tão duramente conseguida.

Continuo a sonhar com "em cada esquina um amigo/ em cada rosto igualdade".

Imagem retirada de http://www.radioaltoave.pt/sitio/images/stories/25abril2008/25abril-thumb.jpg


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

INVICTUS

São as pequenas coisas, as mais simples e humildes, que fazem um grande homem e um grande país.

Quando é que a humanidade vai perceber que amamos e sofremos todos da mesma forma? Que fazemos todos parte de um imenso arco-íris?

Filme soberbo, de um dos meus realizadores de eleição, Clint Eastwood, com um excelente desempenho de Morgan Freeman.

Deixo-vos o poema de William E. Henley:

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.


In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.


Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.


It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.



Tradução para o português por:  André C S Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.



Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.



Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza. 



Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Revolução dos Cravos


Obrigada!

Não me ocorre nada melhor para dizer a este homem e a tantos outros que lutaram por um Portugal melhor.

Obrigada pela liberdade que me deram. Só tenho pena que tantos que usufruem dela, não a saibam respeitar. Obrigada por me "darem" um país onde posso falar, sentir e pensar. Obrigada por não desistirem, apesar das imensas dificuldades.

Obrigada Salgueiro. Obrigada a todos de quem a história não lembra o nome, mas que fizeram a liberdade florir num cravo vermelho.